quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Caminho, a Verdade e a Vida - Primeira Parte

O que Ellen White escreveu sobre São João 14:6?
Em seus escritos Ellen G. White, praticamente não se preocupa com uma análise exegética de São João 14:6. Como resultado desta pesquisa selecionamos, como exemplo de tantas outras, algumas citações em que a escritora ocupa-se na preferência em comentar o Cristo do versículo a falar do versículo do Cristo. Sua prioridade, a cada vez que se refere a esta passagem, é de aplicações homiléticas.

E. G. White faz uso do versículo para enfatizar a dependência que o humano tem o divino em todas as suas diferentes situações espirituais da vida. Desde quando totalmente separado dEle até quando sendo um arauto Seu. E que a única solução para isto é Cristo.

Quando totalmente longe dEle, a raça humana de nada vale a menos que siga a Cristo que é o caminho, a verdade, e a vida[1]. Nesta situação até mesmo os sonhos do homem são vãos e sem sentido de progresso. Para sair da mesma não há duas escolhas de modo pois que Ele é o único caminho[2]. O nosso esforço próprio não nos permite avançar um só degrau, outrossim as palavras de Cristo não seriam verdades. Mas quando nós “aceitarmos a Cristo, as boas obras aparecerão como evidência frutífera que nós estamos no caminho verdadeiro da vida, caminho que conduz ao céus”[3].

Este resgate é feito como um caminho que liga os Céus à Terra, o humano ao divino, ao Cristo o Criador com Vida Própria, o qual estava ao lado do Pai, se tornar a ponte para dar vida ao ser humano que, caído não possui vida em si mesmo[4]. Isto foi confirmado na sua oração após o batismo, fazendo “abrir os portões do céu. E o Pai a respondeu aceitando a petição pela raça caída. Jesus orou como nosso substituto e agora a família humana pode achar acesso ao Pai pelos méritos do seu Filho bem-amado”[5].

A condição para tal raça caída realmente encontrar o caminho de volta à fonte de vida, é através do meio deixado pelo próprio Deus que anseia a aproximação. E este meio é a bíblia, pois ela é a sua palavra. Examinamos as Escrituras, porque julgamos ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Cristo (Jo 5:39). Sim, são as palavras que testificam da fonte de vida eterna, logo seus ensinos são vivos e eternos. Isto é demonstrado na parábola do semeador onde a semente representa a palavra de Deus. E assim como a semente em si mesmo possui poder germinativo, ou seja, em si mesmo possui vida, a palavra de Deus também é viva. Uma vez que os ensinos farisaicos não produziam frutos, eles não estavam em Deus. Mas os ensinos de Cristo sim, estes possuíam vida pois produziam frutos. Isto porque eles vinham da própria fonte de Vida que era o próprio Jesus[6]. Portanto, ao ler a Palavra de Deus, o leitor somente terá um efeito positivo em sua vida se tiver, presentemente junto, o Autor desta palavra que é o caminho a verdade e a vida[7].

O plano de Cristo como caminho ao Pai não termina aqui. Ao contrário, se consiste em um processo aumentativo a começar pelo conhecimento de Sua palavra. Não devemos deixar de buscar as escrituras por nós mesmos apoiando-nos assim em esclarecimentos de tradições, pois qualquer grupo de pessoas não pode ser um grupo de guardiões únicos de verdade e conhecimento. Mas há somente Um que é infalível, Ele que é o caminho, a verdade e a vida[8]. Assim como Seus discípulos aqueles que experimentam hoje este caminho à fonte da vida que é o Pai também são comissionados a trabalhar para Ele em testemunho de outros, vencendo somente se ligados à fonte da vida e tendo em Cristo a única ligação para realizar o grande trabalho a eles comissionado[9].

As áreas em que tais obreiros devem testemunhar são mais variadas do que imaginamos. Muitos estão sofrendo de maldades da alma muito mais que de doenças do corpo, e eles não acharão nenhum alívio até que venham a Cristo, o manancial de vida[10]. E este tratamento da alma pode efetivamente ser realizado por intermédio da obra médico missionária, quando esta está aos cuidados de obreiros que conhecem a fonte desta cura, Jesus o caminho a verdade e a vida[11].

Enfim, com seu enfoque Cristocêntrico Ellen White coloca a todos os mortais, quer incrédulos ou missionários, na necessidade de estar sempre dependentes deste Caminho ao Pai que é Jesus, unicamente.

Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
O que os autores adventistas dizem sobre São João 14:6?

[1]Ellen G. White, Testimonies for the Church, 9 vols. (Mountain View, CA: Pacific Press, 1948), 2:170.[2]Idem, Steps to Christ (Mountain View, CA: Pacific Press, 1948), 21.[3]Idem, Selected Messages, 3 vols. (Washington, D.C.: Review and Herald, 1958), 1:368.[4]Ibid., 53. [5]Idem, My Life Today, Meditações Matinais (Washington, D.C.: Review and Herald, 1952), 260.[6]Idem, Christ’s Object Lessons (Washington, D.C.: Review and Herald, 1941), 39.[7]Idem, Evangelism (Washington, D.C.: Review and Herald, 1946), 290.[8]Idem, Testimonies to Ministers and Gospels Workers (Moutain View, CA: Pacific Press Publishing Association, 1962) 105.[9]Idem, The Acts of the Apostles (Moutain View, CA: Pacific Press Publishing Association, 1911) 25-33.[10]Idem, Counsels on Health (Moutain View, CA: Pacific Press Publishing Association, 1951) 501.[11]Ibid., 502.

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