segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A influência da TV


OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA

                                                                        Dr. Érico Tadeu Xavier

 Ellen White escreveu: “É uma lei do espírito humano que, pelo contemplar, somos transformados”  [1] e “Deve fazer-se todo o possível para pormo-nos a nós e a nossos filhos em posição onde não vejamos a iniqüidade que é praticada no mundo”[2]. Ela ainda profetizou: “Contemplarão imagens e ouvirão sons, e estarão sujeitos a influências desmoralizantes que, a menos que delas se guardem inteiramente, imperceptível, mas seguramente lhes corromperão o coração e deformarão o caráter”[3].
O propósito desse artigo é apresentar o lado bom e o lado ruim dos meios de comunicação em massa para que saibamos como agir diante de tantas mensagens e influências. 
O lado bom - A TV, por exemplo, tem feito muito pelas pessoas.
Grande número de idosos, doentes, e de deficientes físicos não passariam sem ela. A TV se tornou a principal fonte de convivência e companheirismo deles.
A TV ampliou a mentalidade das pessoas e abriu novos horizontes. Ela pode ser muito educativa, proporcionando amplo campo de conhecimento a pessoas que nunca tiveram a oportunidade para estudar ou viajar.
Outro bem que a TV tem realizado é a facilidade para em segundos levar o conhecimento de Deus a todos os recantos da Terra de uma vez só. O mesmo pode ser dito do rádio, dos jornais e da Internet.
O lado mau - A TV e os demais veículos de comunicação também apresentam o lado mau e com maior intensidade.
As notícias são apresentadas de tal maneira que impressiona e desperta a cada telespectador, ouvinte, leitor ou internauta.
As propagandas ou comerciais ensinam coisas que não são verdades. Alguns exemplos: a) Todos os problemas tem solução; b) Todos os problemas são resolvidos rapidamente; c) Todos os problemas são resolvidos graças à intervenção de alguma técnica ou de um determinado produto.
Mas o pior de tudo nas propagandas é o sexo. A mulher é grandemente explorada especialmente na televisão através dos comerciais.
“A atenta observação de certos comerciais mostra como a mulher é desmembrada dando-se realce a certas partes de sua anatomia, das quais ele não é senão um resumo. Toda promoção é orientada para a beleza exterior, e pode ser apreciada apenas a mulher que adquiriu um certo nível de perfeição física”.[4]
A violência nos meios de comunicação é um prato predileto dos adversários dessa maravilhosa invenção. No entanto, essa violência não é real. Imagine se fosse! Dia a dia, semana após semana, mês a mês, tanta gente morre e é assassinada na TV que, se fosse verdade, pelo menos a metade da população brasileira estaria morta. Mas, a população está aumentando.
“Geralmente, quando se fala da violência da TV, são mencionados os filmes de guerra, os seriados, os bangue-bangues e os desenhos animados. Não se fala em novelas, por exemplo,” [5]. As novelas são poderosas armas de destruição de lares, famílias e casais.
“Em maio de 1982, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos preparou um relatório no qual resumiu mais de 2.800 estudos realizados no decênio passado, sobre a influência da TV no comportamento humano. Os resultados foram: durante dez anos um telespectador terá visto uns 150 mil episódios violentos e umas 25 mil mortes violentas o que é muito mais do que aquilo que foi visto por um soldado, de qualquer nação, em uma das últimas guerras”. [6] O número é bem maior quando incluímos os jogos eletrônicos, a internet e outros.
  Um outro problema tem haver com a saúde. Em vez de se sentarem à mesa para uma refeição saborosa, preparada na ocasião, muitas famílias passam com um lanche de TV, e muitas vezes não é nutritivo e ainda dificulta a digestão.
As propagandas sobre alimentos nem sempre são verdadeiras. Muitos alimentos são apresentados como nutritivos e na verdade são prejudiciais. Mas, mesmo assim as pessoas consomem pensando ser verdade o que a TV anunciou.
Outro mal que a TV provoca é sobre o sistema nervoso. As programações provocam esgotamento nervoso e stress. “Ver TV tarde da noite não só rouba horas de sono pré-meia-noite, mas mesmo as poucas horas que sobram para dormir depois são amiúde de sono agitado, fisicamente no qual diz respeito ao bem-estar físico, ver TV em excesso não é a melhor forma de desconcentração para pessoas de atividade sedentária”. [7]
 O pior prejuízo que a TV e os demais meios de comunicação podem trazer é para a saúde espiritual. O cristão que não sabe fazer uso da TV, da Internet ou de outro meio de comunicação perde tempo e poder espiritual diante do aparelho e sua religiosidade torna-se fraca e superficial. “Ver TV indiscriminadamente pode enfraquecer a fibra moral da pessoa e consumir tempo precioso necessário para ler matéria espiritualmente edificante”. [8]
A psicóloga infantil britânica Panelope Leach, declara: “A TV é uma das maiores ameaças à vida familiar, um engenho que impede os pais e os filhos de se comunicarem. As pessoas simplesmente deixam de se falar”. [9]
Muitas crianças dedicam 5 a 6 horas por dia vendo TV e muitas vezes sem comer ou beber. Quando não estão mal sentadas estão deitadas e mal percebem o mal de tudo isso. Além do mais, quanta coisa boa estão perdendo, como: leitura edificante, deveres escolares, exercícios saudáveis e brinquedos próprios. A educação tanto secular como a cristã entram em crise.

Na verdade a televisão banalizou o sexo, banalizou a violência e, mais recentemente deu de banalizar Deus. Fala-se de Deus como se fala de um modelo de automóvel, de futebol, ou de um cantor famoso. Estamos presenciando uma nova religiosidade, que combina imagem eletrônica, entretenimento e consumo. É o mercado do sagrado. É a religiosidade que proporciona o estado de êxtase e que anuncia o êxito financeiro e efetivo.

              Por fim, Neimar de Barros apresenta um diálogo impressionante para a nossa reflexão.
“Você deixaria entrar em sua casa para vender idéias à sua família, um viciado, um adúltero, um neurótico”?
-         Que pergunta besta! Claro que não!
Você permitiria que o viciado dissesse coisas, contasse coisas, escrevesse com seu filho e sua filha?
Você permitiria que o adúltero, na sala de sua casa, expusesse uma série de pensamentos à sua esposa?
Você permitiria que o neurótico contasse histórias, vivesse-as na frente de sua mãe ou avó?
-         É evidente que não!
-         Contudo, eles estão entrando pela TV”.[10]



Referências
1.                               Ellen G.White. Patriarcas e Profetas.  Tatuí – São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1976.p.88.
2.                               --------------------. O Lar Adventista. Tatui – São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1977, p. 404.
3.                               ---------------------. Idem, p. 406.
4.                               Revista Ministério. Mar/Abr, 1986, p. 10.
5.                               João Luis Tiburg. Para uma leitura crítica da Televisão. Edicões Paulinas, s/d, p. 48.
6.                               Revista Ministério. Mar/Abr, 1986, p. 13.
7.                               Revista Despertai. 22 de abril de 1983. Tatui – São Paulo: Sociedade Torre de Vigia, p. 5.
8.                               Idem, p. 6.
9.                               Panelop Leach. The Sun. Austrália, 18 de março de 1980, p. 118.
10.                          Neimar de Barros. O Livro Proibido. Shalon Livraria Ltda. São Paulo: s/d, p.120.


                                                                                















Um comentário:

  1. isso e uma verdade como tá assim as emissora de tv e rádio principalmente a tv e um escândalo Pastor não da pra assiste nada tudo ensinando coisas errada a novela desenhos, ETC. Mas a coisa boa a novo tempo quem assiste ver a diferencia. Um abraço Deus te Abençoe e nos livre das mal influência. Valeu e sempre acompanho você no por dentro da bíblia.

    ResponderExcluir

Quer dizer o que pensa sobre o assunto?
Então, escreva aí. Fique à vontade.
Mas lembre-se: não aceitamos comentários anônimos.
Agora, se quiser fazer uma pergunta, escreva para nasaladopastor@hotmail.com