Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército.
Falando de futebol, o Brasil sempre foi o melhor do mundo. Sempre esteve no topo do ranking. Sempre teve a maior quantidade de títulos mundiais. Nenhum país já exportou tantos jogadores.
Mas, voltando um pouco na história, a quantidade de estrelas que a camisa verde e amarela (principalmente amarela) sustentava parecia não fazer justiça aos méritos futebolísticos deste país. As pessoas não ficam olhando para o currículo; só para o resultado final; e como um extrato que parecesse representar tudo para o mundo, o Brasil era apenas mais um, entre os três tri-campeões mundiais. Os 150 milhões de torcedores da terra do Pelé não se contentavam em saber que os outros dois concorrentes que ostentavam o mesmo título, com sua menoridade neste esporte, ofuscavam o brilho de quem sempre foi o melhor. O brasileiro almejava muito ver o seu país segurar a taça de 1994; nem para o penta, nem para o hexa, houve tanta expectativa. A cada jogo o país parava, as pessoas paravam, e até os corações, quase que paravam também.
A intensidade desta ansiedade coletiva aumentou no último jogo. Não porque os brasileiros temessem o adversário, mas porque, se ele ganhasse, a injustiça se transformaria em sentença final: seria a Itália que, embora mais fraca, seguraria um título à frente do real dono da arte. Durante os 90 minutos, tudo parecia luto. O silêncio predominante, as pessoas reunidas e as mãos unidas descreviam para o mundo o peso de importância que aquela finalização trazia para cada coração. Mas a duração da angústia prorrogou-se no fim das duas horas, com o resultado de empate. Quem era o campeão? Durante os 30 minutos de acréscimo os jogadores pareciam arrastar-se. “Parece que a cabeça manda, mas o corpo não vai”. “Não dá mais”, dizia o comentarista. “Haja coração”. Lembra dessas frases?
Haja coração para ver um título, um campeonato, uma espera de 24 anos, irem de ralo abaixo numa tremida de pênalti. Haja coração para alegrar-se com o gosto de ver a tarefa bem concluída; para desfrutar do gosto de obter o título de melhor do mundo.
Deus tinha toda a torcida do mundo em suas mãos. Há 24 horas esta torcida esperava ver Deus concluir a sua obra. Adão e Eva estavam estupefatos com o que Deus era capaz de fazer. Ele já tinha terminado? O que faltava mais? O que Deus tinha a dizer ao casal, sobre este jardim tão belo que agora estava entregando em suas mãos? Gênesis 2:1 parece nos expressar qual foi o suspiro de Deus ao entregar a alegria da conclusão da obra aos seus queridos.
Um erro de pênalti, e o título seria entregue. Muita gente nem quis ver, pois o tiro agora seria simplesmente de: Roberto Baggio. Ele mandou a bola pra fora. Inacreditável! Mesmo que o erro fosse verdade, era o fim? Parece que todo mundo nem queria mais saber do caneco, mas se toda aquela angústia chegara ao fim. Foi por isto que a palavra gol deu lugar à única coisa que Galvão Bueno podia gritar para o Brasil ouvir: “Acabou! Acabou! Acabou! Acabou!...” Acabou? Acabou de começar; acabara de começar, a geração que nunca verá um país ter mais títulos que o Brasil.
“Acabou!” - Deus disse ao Universo que contemplava o seu espetáculo. O prêmio está entregue àqueles que suspiram o mesmo fôlego que Eu. Agora é só descansar e festejar a posse da Criação. Está linda, pronta e perfeita. É pra vocês, Adão e Eva!”. Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. Todo fim é um começo. Acabara de começar, a história das criaturas do planeta Terra.
Twitter: @Valdeci_Junior
Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se Deus não se cansa, por que Ele descansou quando terminou de criar o mundo?
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