Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.
Fátima e eu acordamos juntos*, ao despertar do relógio, às 5h da manhã. Depois de alguns beijinhos de bom dia, gastamos algum tempo em estudo da Bíblia e oração. Então, fomos nos preparar para sair. Ela foi passar nossas camisas e eu fui amassar as bananas com granola. Tomamos o desjejum juntos, fizemos o culto, apanhamos nossas coisas e descemos o elevador. No estacionamento, decidimos quem ia levar o carro. Enquanto um de nós ia dirigindo estrada afora, nós dois dialogávamos pra organizar mentalmente a agenda do dia. Chegamos em cima da hora, e fomos direto para o auditório de reuniões. Depois de meia hora de reunião geral com o pessoal da empresa, descemos direto para o escritório central. Minha esposa sentou-se a uma mesa exatamente em frente à minha. Nossos computadores estavam interligados não só lógica, mas, também, fisicamente. Operamos esses computadores a manhã inteira. Ao meio dia, a Fátima e eu fomos ao restaurante. Ela escolheu a mesa, e eu sentei-me ao seu lado. Depois do almoço, a gente tirou uma sonequinha... e voltamos para as mesmas mesas da manhã. Depois de mais 4 horas e 30 minutos digitando, navegando, deletando e mexendo um com o outro, recebi um convite da minha querida. Pegamos o nosso carro e rodamos mais 10 quilômetros. Ao subir o elevador, lado a lado, nós dois nos olhamos ao espelho; a expressão facial dos dois era a mesma: cansaço. Entramos e não pensamos duas vezes: lanchamos. Logo após a janta, a gente foi estudar inglês. Ficamos revesando, fazendo os papéis de traduzir e ser traduzido. Pouco antes das 22h, tomamos um belo banho, fizemos o culto familiar e, como dizemos “capotamos”. Passaríamos sete horas comungando do mesmo sono.
Você acha que esta foi a agenda de “um” dia em que minha esposa e eu ficamos juntos? Errado. Esta é nossa rotina diária, desde que nos casamos. É isso mesmo! Eu e minha esposa trabalhamos na mesma empresa, com o mesmo horário de trabalho, no mesmo departamento. Há vários anos, estamos assim. A mesa dela fica encostada na minha. Tem muita gente que pergunta se a gente não se cansa da cara um do outro. O que você acha?
Sabe, quando quebramos a nossa rotina, o que mais gostamos é fazer alguma atividade juntos. Ir pra igreja juntos, passear juntos, fazer compras juntos, ir ao médico juntos... Por termos construído o hábito de passarmos as 24 horas do dia perto um do outro, ficarmos separados por meio dia já é o suficiente para nos fazer sentir muita saudade. Há um ano, minha esposa viajou durante um fim de semana e eu fiquei em casa. Eu preparei uma festa para o nosso reencontro. Não! Pra nós, não é chato ficarmos juntos o tempo inteiro. Quem ama curte desesperadamente a companhia do outro. Quem não ama não entende isso.
Tem gente que acha que eu carrego um fardo porque eu guardo o sábado. Na realidade, eu me fadigo durante a semana, quando não posso curtir direito a companhia onipresente de Deus ao meu lado. Fico de domingo a sexta aguardando com ansiedade o tempo especial em que eu vou poder me dedicar totalmente ao meu Criador. O sábado é tão bom, que eu gostaria que fosse eterno. É um dia de alegria, no qual eu posso fazer o bem, ajudar os filhos de Deus, adorar, ter contato com a natureza, meditar... Não! Eu não me canso por investir em 24 horas especiais para me dedicar ao meu Deus.
É que a gente se ama!
Twitter: @Valdeci_Junior
*Texto escrito em 2008
Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Falando das nossas origens, o que foi formado primeiro: o ser humano, e foi formado um habitat adequado para ele; ou primeiro foi formado o habitat, e então o ser humano chegou?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer dizer o que pensa sobre o assunto?
Então, escreva aí. Fique à vontade.
Mas lembre-se: não aceitamos comentários anônimos.
Agora, se quiser fazer uma pergunta, escreva para nasaladopastor@hotmail.com