Quantos Oséias você conhece?
Pense um pouquinho. Três? Nove? Você tem certeza?
Existe apenas um Oséias, no
sentido teológico da leitura bíblica de hoje, e dos próximos dois dias. Não é
apenas o livro de Oséias que é único na Bíblia. Mas a figura que é representada
por Oséias, neste drama descrito em seu livro, também é singular. Não há outra
demonstração maior da paternidade de Deus, no Antigo Testamento.
Explico. No Novo Testamento, a
revelação de Deus como um “Pai” é bem constante e evidente. Isso não acontece
tanto, fora dos livros neo-testamentários. O Deus antigo-testamentário é
revelado com mais freqüência como o Senhor, Jeová. Mas isso não quer dizer que
em determinadas épocas Deus seria Senhor Jeová, e em outras, Pai. Não. O Deus
do Israel Antigo também era Pai, embora de forma mais velada. E o lugar do
Velho Testamento onde melhor é possível ver a Deus como Pai, é em Oséias.
Aliás, Oséias traz algumas
diferentes figuras, que ilustram quem é Deus. Trata-se de uma grande teofania,
em menos de dez páginas da Bíblia. Outro caráter – atributo – divino
demonstrado em Oséias é a fidelidade. Quer conhecer um Deus de fidelidade? Abra
sua Bíblia no primeiro livro dos profetas menores, o livro de Oséias, e estude-O
ali. Um pai, para ser pai de verdade, precisa ser fiel ao seu filho. Um Deus,
para ser realmente Deus, tem que ser a referência universal de fidelidade. E
essa fidelidade apresentada em Oséias não somente é um referencial para nós,
como também, nos traz a segurança. Garantia que pode ser ilustrada, por
exemplo, naquilo que toda esposa feliz precisa experimentar no casamento.
Certeza de proteção plena.
E é aqui que entra a maior e
principal figura divina protagonizada no livro de Oséias, que é ser um marido
com “M” maiúsculo. Em Oséias 1-3 (cf. Apocalipse 17:1-15), a igreja é
representada pela figura feminina. Igreja? Sim. Com, certas vezes, tantas
qualidades negativas, a mulher infiel é a igreja infiel. Por exemplo, em Oséias
2:7 podemos ver a igreja como noiva, como explicado em 2Coríntios 11:2, quando
Paulo, ao falar da sua preocupação sobre a fidelidade dos membros de Corinto,
diz: “O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um
único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura”.
O desejo divino é que a mulher,
noiva ou esposa, seja pura. Mas a realidade mostrada tanto em Oséias quanto em
Apocalipse, é que um cônjuge pode ser tanto puro quanto impuro. Depende da sua
posição, ser puro ou impuro, diante de Deus. Mas Ele é sempre o mesmo.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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