Antigamente, a gente carregava um
trambolhão pesado, com um baita de um holofote conectado em cima, um rolo de
fita plástica pra colocar como carga por dentro, do que chamávamos de máquina fotográfica.
Era a máquina fotográfica que tínhamos. E parecia que quanto maior, melhor.
Você se lembra? Filmes de 12, 24 ou... no máximo, 36 cliques, e era tudo. Ou
melhor, ainda não era tudo, porque nem era possível saber imediatamente o
resultado.
Então vinha o processo da
revelação. Precisava-se saber tirar o rolo para não estragar os quadro e
levá-lo a uma casa de revelação. Depois, esperar por alguns dias e preparar um
bom dinheiro. Com aquela grana, pagava-se pelas boas fotos, e por aquelas
horríveis também: “se não sabe bater fotos, problema seu!”. Era, realmente, uma
revelação, daquilo que a expectativa esperava sem piscar, para descobrir as bem
tiradas, as bem posadas, as bem erradas e as bem perdidas. As melhores tinham
que ser muito bem guardadas, reproduzidas, pois, como peças raras, tornavam-se
históricas.
Hoje, com tudo ao contrário,
aquilo tudo virou conto. O aparelhinho faz 1001 coisas e, também tira boas
fotos. Pode ser um celular, um MP sei lá quanto, uma câmera digital, uma caneta
eletrônica ou até mesmo um relógio de pulso. A impressão atual é que, quanto
menor, mais tecnológico. Esses você conhece: milhares de pixels, bytes e
possibilidades. Para conseguir dar conta disso tudo, haja criatividade e
rapidez de pensamento.
Antes que o ato aconteça, o LCD
já lhe “revela” como vai ficar. Desse jeito, qualquer um consegue um bom
retrato, nem que seja com muita insistência. Afinal, a tecla “del” existe pra
ajudar nisto mesmo. Não custa nada, tirar milhares escolher uma e apagar o
resto. Com isto, conseguimos mais e mais imagens lindas, que podem refletir
melhor as belezas da natureza, das artes, do universo que nos rodeia. Até a
nossa própria imagem fica melhor valorizada, com tantos recursos de captação e
tratamento daquilo que é retratado.
“Há muito tempo Deus falou muitas
vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas
(Hebreus 1:1)...”. Ninguém nunca vira a Deus. Pela fé, num YHWH invisível,
conhecido principal e - quase que – somente através da tradição oral (de boca
em boca), eles se esforçavam para merecer, ao menos de longe, ter em si um
pequeno reflexo que, um dia, talvez, revelar-se-ia.
“...mas nestes últimos dias
falou-nos por meio do Filho (Hebreus 1:2)...”. Em Lucas, do capítulo 15 em
diante, você encontra retratos, revelados por Jesus, do Deus no Novo
Testamento: um Pai de amor, que, por Sua graça, lhe redime à Sua imagem.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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