“Daniel, você é muito amado”.
Essa frase é familiar lá em
casa. Meu filho se chama Daniel. E ele é, realmente, muito
amado. Eu não canso de dizer isso pra ele “Daniel, você é muito amado”. Mas eu
não sou o autor desta frase. A fonte desse plágio que pratico é a própria
Bíblia: “E ele me disse: ‘Daniel, você é muito amado. Preste bem atenção ao que
vou lhe falar; levante-se, pois eu fui enviado a você” (Daniel 10:11).
O próprio nome Daniel, significa
“Deus é Meu Juiz”. Note o que o nome não significa: “Deus é um Juiz”. A
presença da palavra “meu” neste termo hebraico denota-lhe algo muito
representativo do relacionamento entre Deus e um filho Seu. Tenho um amigo palestrante
que chama-se Daniel. Em suas palestras, apresenta um tema bem controvertido,
fácil de fazer a cabeça rolar. Por essa razão, esse Daniel palestrante sofre
críticas tão pesadas, ao ponto de muitas vezes tornar-lhe um fardo quase
insuportável. E um dia ele me disse que quando se sente supostamente
injustiçado, lembra-se do significado de seu nome, e isso lhe dá forças
suficientes para esperar em Deus.
Para fazer com que se sentisse
amado, por um Deus que está disposta a julgar com justiça as suas causas, por
esta e outras razões, escolhi este nome para o meu filho, Daniel. Ou melhor,
para Daniel, o meu filho. Digo assim porque muitas vezes a frase acima, com a
qual iniciei o texto, é automaticamente mudada em meus lábios, quase que de
forma imperceptível, para a fórmula: “Daniel, meu filho, você é muito amado”.
Percebe o adendo? “Meu filho”. Isso, mais do que tudo, torna uma pessoa amada.
Você sente-se amado? Quem é seu
pai (ou mãe)? Mesmo que você não tenha um modelo perfeito de paternidade neste
mundo, olhe para as características do caráter de Deus. Qualquer um que
realmente, entenda, da forma correta, o sentido bíblico da personalidade de
Deus, gostaria de ter um pai com tais características. Mas Deus quer ser, para
qualquer um, um Pai. Logo, não há motivo para a distância, se é Ele quem
abre-lhe os braços. O vácuo do desamor não tem razão de existir. Talvez o que
ainda esteja por acontecer é simplesmente você aceitar-se como filho. É uma
questão de decisão, postura, desejo, visão.
Quando olho para o livro de
Daniel, vejo, por toda parte, nas entrelinhas, a expressão “meu filho”. O Pai
que a pronuncia é o próprio Deus. Quando “olho” para você, vejo o potencial de
a expressão “meu Pai [Deus]” poder ser repetida. Você pode sentir-se amado,
como Seu filho.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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