“Como entender a promessa de
falar ‘novas línguas’, em Marcos 16:17?”
Esta é uma pergunta freqüente,
entre os que são estudiosos da Palavra de Deus, e se colocam como leitores do
livro de Marcos. Alberto Timm, Ph.D., em um de seus artigos, (Revista Sinais
dos Tempos, Tatuí – SP - Casa Publicadora Brasileira, Janeiro – Fevereiro de
2000, página 21), nos dá algumas explicações que podem ajudar a encontrar a
resposta para este questionamento.
Ele explica que “como o conteúdo
de Marcos 16:9-20 não aparece nos manuscritos gregos mais antigos e melhores,
especialistas em crítica textual do Novo Testamento têm sugerido que o
evangelho de Marcos terminava, originalmente, com o verso 8 do capítulo 16” .
Diante disso, se poderia
argumentar que o texto de Marcos 16:17 não compartilha da mesma autoridade
canônica que o restante do evangelho.
Mas o teólogo supracitado
continua argumentando que, aceitando ou não o conteúdo de Marcos 16:9-20 como
parte do Cânon, “é importante observar que, na expressão ‘novas línguas’ de
Marcos 16:17, o termo original grego para ‘novas’ é ‘kainós (novas línguas para
quem fala)’ e não ‘néos’ (línguas até então desconhecidas)”. Isso significa,
portanto que essas “novas línguas” dizem respeito às mesmas línguas de nações
mencionadas em Atos 2:4 como “outras línguas”, plenamente compreensíveis às
respectivas pessoas que as reconhecem como suas línguas maternas (Atos 2:6,8 e
11).
O fato de Marcos 16:17 colocar o
dom de falar em “novas línguas” como parte dos “sinais” que haveriam de
acompanhar aqueles que cressem, não significa que esse dom deveria ser
concedido a todos os crentes em todas as épocas e lugares. Assim como os
cristãos não haveriam, obviamente, de pegar “em serpentes” todo o tempo (verso
18), também não é de se esperar que eles devessem falar sempre em “novas
línguas”. Além disso, Paulo esclarece que o dom de línguas é dado apenas a
alguns crentes, havendo uma necessidade concreta que justifique a sua
manifestação (ver 1Coríntios 12:4-11, 28-30).
Ou seja, “falarão novas línguas”
seria uma ação-ferramenta usada para a grande realização descrita no verso
vinte de Marcos 16: “Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o
Senhor cooperava com eles, confirmando a palavra com os sinais que a
acompanhavam”. “Pregaram por toda a parte” do mundo alcançado de então: desde a
sua Palestina local, onde poderiam falar aramaico, até as mais distantes
nações, onde precisaram falar os respectivos idiomas: novas línguas. Deus os
capacitou!
Se você também quiser pregar o
evangelho, limitação não é o problema. Deus completa a sua vontade com a
capacitação que só Ele pode oferecer. Ofereça-se a Ele, como um obreiro
disposto, e Ele lhe usará.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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