O livro de Miquéias é um livro
profundamente cristocêntrico, tanto ao falar de Cristo quanto ao falar com os
seguidores de Cristo. Embora tenha sido escrito antes de Cristo, é um livro
profético, que portanto conseguiu enxergar no futuro mesmo estando ainda no
passado. Essa sua transcendência ao tempo dá-nos a garantia de sua atualidade,
mesmo depois de milhares de anos em que foi escrito, pois, afinal de contas,
também foi escrito séculos antes do Cristo e dos cristãos a quem se refere.
Abaixo, vamos estudar dois
versículos. Cada um deles, pode destacar-nos uma dessas cristologias do livro
de Miquéias, a que olha para Cristo, e a que olha para os seguidores de Cristo.
“Mas tu, Belém-Efrata, embora
pequena entre os clãs [ou governantes] de Judá, de ti virá para mim aquele que
será o governante sobre Israel. Suas origens [no hebraico, saídas] estão no
passado distante, em tempos antigos [traduzindo de forma mais literal: desde os
dias da eternidade] (5:2 – NVI). Na versão bíblica Atualizada, de João Ferreira
de Almeida, lemos como esta última proposta de tradução: “desde os dias da
eternidade”. Aplicando este verso a Jesus (cf. Mateus 2:6), chegamos ao
aprendizado de que, apesar de que, em sua fase de encarnação, tenha nascido em
Belém, Cristo já existia muito antes do evento do seu próprio nascimento. E de
acordo com Isaías 9:6, esta existência remonta-se à própria pré-existência
eterna, no passado. Ou seja, Ele, divinamente, sempre existiu. Amém, por isso!
Pois para ser o nosso Deus, precisa, no mínimo, ser eterno, não acha?
Essa segurança tem uma influência
direta na nossa resposta comportamental. Cristo tem suas virtudes e
prerrogativas divinas. Mas e o ser humano que o segue? O capítulo seguinte do
livro de Miquéias nos ajuda a entendermos isto. “Ele mostrou a você, ó homem
[ser humano], o que é bom e o que o Senhor exige [pede de ti]: pratique a
justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus (Miquéias 6:8 –
NVI). Alguém justo, fiel e que anda humildemente com Deus, é alguém que pode
ser chamado de cristão, no melhor sentido da palavra. Quem somos nós para
conseguirmos, por nosso próprio esforço, viver plenamente estas virtudes, não é
mesmo?
É por isso que contamos com a
graça de Deus. “Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces
a transgressão do remanescente da sua herança? Tu que não permaneces irado para
sempre, mas que tens prazer em mostrar amor (7:18 – NVI). Miquéias conseguiu
enxergar a Deus num futuro muito distante, mas e você, tem vivido na presença
do Deus (in)visível?
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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