Na leitura de hoje, entramos numa
última grande seção do livro de Ezequiel, que reporta-se a um “Templo”. O
capítulo 40 começa a descrever sobre o Novo Tempo.
E a pergunta que sempre surge na
mente do leitor bíblico é: “A que templo a visão do fim do livro de Ezequiel se
refere?”
De acordo com o teólogo Siegried
Schwantes, para entender a direção da resposta desta pergunta, é importante
saber a data aproximada em que essa visão aconteceu. Esta longa visão, que
conclui o livro, é datada do vigésimo quinto ano do exílio de Exequiel. Como
esse exílio ocorreu em 597 a .C.,
a visão data do ano 572 a .C.
Em visão, o profeta é transportando à terra de Israel e posto sobre um alto
monte, de onde pode contemplar o novo Templo. Um anjo lhe aparece para lhe
descrever as várias partes do edifício, seu mobiliário, seus serviços e os
ministrantes. A visão encerra com a divisão da terra entre as doze tribos.
A visão do Templo apresenta duas
dificuldades: a) O templo nela descrito não corresponde aos dados que se
encontram no Pentateuco para o antigo santuário; b) O templo que, em data
posterior a esta visão, foi reconstruído em Jerusalém, tampouco correspondeu ao
descrito na visão. Em vista disto, pergunta-se: “qual seria o propósito da
visão?”.
Uma possível explicação é que uma
nação vivendo de acordo com a vontade de Deus, na terra prometida, depois do
exílio, teria construído este templo ideal e organizado-se segundo este ideal
das tribos. Mas como o povo judeu não viveu à altura do ideal que Deus lhes
propunha, um templo que obedecesse às estipulações descritas na visão nunca foi
construído. E o povo nunca mais foi estabelecido naquele ideal da distribuição
geográfica das 12 tribos.
Assim como Deus tinha um sonho
para o antigo Israel, ele tem uma expectativa para você e para mim, hoje,
também. Pois afinal, somos o Israel moderno de Deus (Gálatas 6:16). Entretanto,
o sonho de Deus pode ser frustrado, dependendo da decisão do ser humano. Nisto,
Deus não é impotente, mas ético. Ele limita-se a respeitar o atributo que nos
deu, do livre arbítrio. Isso é uma honra até ao Seu próprio nome, pois como ele
poderia primeiramente dar algo e depois não respeitar o que dera? E é assim que
o Senhor expõe-se, voluntariamente, ao risco da frustração.
Eu imagino que você não queira
frustrar Deus. Portanto, fica de lição para nós, que precisamos buscar o ideal
de Deus hoje, para que Seus lindos planos possam sempre se cumprir na nossa
vida.
“Voltem para o Senhor, e vocês
viverão” (Amós 5:6).
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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