quinta-feira, 21 de junho de 2012

Guia de Plantio de Igrejas


Emílio Abdala é um conferencista, professor e pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia. De acordo com seu site missão urbana.net, ele tem um “D.Min pela Andrews University em Evangelismo e Crescimento de Igrejas” e também já “trabalhou como professor do SALT (Seminário Latino-Americano Adventista de Teologia) de 1995-2009”. Atualmente, Abdala é o evangelista da organização adventista para o Estado de São Paulo. Mas ele é também meu professor de mestrado, na matéria de “Teologia e Metodologia de Plantio de Igrejas”. Conseqüentemente, li um material seu, que por sinal, gostei muito, e quero compartilhar com você.

Arrisco em dizer que o Guia de Plantio de Igrejas seja um livro didático. Não somente para quem está na faculdade de teologia, mas para qualquer um que queira aprender sobre como abrir novas congregações em sua denominação cristã, em especial, entre os adventistas. Não é somente de sua experiência como pastor, evangelista, conferencista e professor que Abdala traça as linhas deste manual. Ele busca bons mentores, como por exemplo, Dudley e Gruesbeck, no argumento de que “sem exceções, as denominações que crescem têm sido aquelas que enfatizam o plantio de igrejas”. E no primeiro capítulo o autor já deixa claro que plantar sementes é proveitoso porque igrejas novas crescem mais.

Baseado em estudos empíricos, Abdala mostra as conclusões de que “as igrejas adventistas mais bem sucedidas em seu crescimento tiveram uma igreja-mãe com um número mínimo de 100 membros”. Tal mãe, ao reproduzir-se, é beneficiada a não ficar estagnada. Já os plantadores bem sucedidos são pessoas maduras, missionárias, que suportam isolamento, adaptáveis, convictas, experientes, líderes e educadas: “Deus não premia a ignorância”!

A igreja-mãe deve montar um núcleo plantador da nova igreja, que deverá trabalhar com PGs, eventos criativos de evangelização e evangelismo público. Antes disso, esse núcleo deverá buscar “conhecer algo a respeito das pessoas que... está tentando alcançar”. Esta busca já é útil para encontrar um bom lugar para a implantação, que terá visibilidade, acessibilidade, boa massa crítica, população com tamanho adequado e perspectiva promissora, longe de áreas industriais, comerciais, estádios e cemitérios.

Abdala explica que existem “diferentes práticas de semeadura”, as quais ele chama de colméia, colonização, acidental, igreja célula, por equipe evangelística e missão global. Mas seja qual for o método, a implantação, desde sua inauguração deve contar com boa aparência do local, limpeza do ambiente, bom espaço e disposição, boa sinalização interna, iluminação, som e estacionamentos suficientes.

Depois de plantada, a igreja precisa ser cultivada. Para o autor, “a única maneira de se tornarem [os novos membros da nova igreja] maduros é particular na liderança desde o início”. Isto é questionável. Mas uma coisa é fato, é preciso que ela seja auto-sustentada e reprodutiva. Para isto, três dicas: ênfase na graça, atmosfera alegre de culto e clima de interesse pela comunidade.

O trabalho de Abdala ainda conta com um apêndice no qual ele vislumbra as “marcas de uma igreja ideal”. Tal igreja contaria com líderes comprometidos com a evangelização, a edificação, o ministério social, o companheirismo, a adoração e o plantio de igrejas. E o plano sugestivo para tal plantio é sugerido pelo mesmo autor, ainda num segundo apêndice, num ciclo que segue os seguintes passos: a) missionários comissionados; b) auditório contratado; c) evangelho comunicado; d) ouvintes convertidos; e) crentes congregados; f) fé confirmada; g) líderes capacitados; h) crentes recomendados; i) relacionamentos continuados; e j) igrejas missionárias convocadas. Ciclicamente, para cada passo, Abdala delineia os propósitos, objetivos e passos de ação.

Com vários exercícios, testes e fontes biográficas sugeridas, o Guia de Plantio de Igrejas é um manual muito prático, que vai direto ao ponto de o que as igrejas e os missionários devem fazer. Mãos à obra!

Twitter: @Valdeci_Junior


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