Emílio Abdala é um
conferencista, professor e pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia. De acordo
com seu site missão urbana.net, ele tem um “D.Min pela Andrews University em
Evangelismo e Crescimento de Igrejas” e também já “trabalhou como professor do
SALT (Seminário Latino-Americano Adventista de Teologia) de 1995-2009”.
Atualmente, Abdala é o evangelista da organização adventista para o Estado de
São Paulo. Mas ele é também meu professor de mestrado, na matéria de “Teologia
e Metodologia de Plantio de Igrejas”. Conseqüentemente, li um material seu, que
por sinal, gostei muito, e quero compartilhar com você.
Arrisco em dizer
que o Guia de Plantio de Igrejas seja
um livro didático. Não somente para quem está na faculdade de teologia, mas
para qualquer um que queira aprender sobre como abrir novas congregações em sua
denominação cristã, em especial, entre os adventistas. Não é somente de sua
experiência como pastor, evangelista, conferencista e professor que Abdala
traça as linhas deste manual. Ele busca bons mentores, como por exemplo, Dudley
e Gruesbeck, no argumento de que “sem exceções, as denominações que crescem têm
sido aquelas que enfatizam o plantio de igrejas”. E no primeiro capítulo o
autor já deixa claro que plantar sementes é proveitoso porque igrejas novas
crescem mais.
Baseado em estudos
empíricos, Abdala mostra as conclusões de que “as igrejas adventistas mais bem
sucedidas em seu crescimento tiveram uma igreja-mãe com um número mínimo de 100
membros”. Tal mãe, ao reproduzir-se, é beneficiada a não ficar estagnada. Já os
plantadores bem sucedidos são pessoas maduras, missionárias, que suportam
isolamento, adaptáveis, convictas, experientes, líderes e educadas: “Deus não
premia a ignorância”!
A igreja-mãe deve
montar um núcleo plantador da nova igreja, que deverá trabalhar com PGs,
eventos criativos de evangelização e evangelismo público. Antes disso, esse
núcleo deverá buscar “conhecer algo a respeito das pessoas que... está tentando
alcançar”. Esta busca já é útil para encontrar um bom lugar para a implantação,
que terá visibilidade, acessibilidade, boa massa crítica, população com tamanho
adequado e perspectiva promissora, longe de áreas industriais, comerciais,
estádios e cemitérios.
Abdala explica que
existem “diferentes práticas de semeadura”, as quais ele chama de colméia,
colonização, acidental, igreja célula, por equipe evangelística e missão
global. Mas seja qual for o método, a implantação, desde sua inauguração deve
contar com boa aparência do local, limpeza do ambiente, bom espaço e
disposição, boa sinalização interna, iluminação, som e estacionamentos
suficientes.
Depois de plantada,
a igreja precisa ser cultivada. Para o autor, “a única maneira de se tornarem
[os novos membros da nova igreja] maduros é particular na liderança desde o
início”. Isto é questionável. Mas uma coisa é fato, é preciso que ela seja
auto-sustentada e reprodutiva. Para isto, três dicas: ênfase na graça, atmosfera
alegre de culto e clima de interesse pela comunidade.
O trabalho de
Abdala ainda conta com um apêndice no qual ele vislumbra as “marcas de uma
igreja ideal”. Tal igreja contaria com líderes comprometidos com a
evangelização, a edificação, o ministério social, o companheirismo, a adoração
e o plantio de igrejas. E o plano sugestivo para tal plantio é sugerido pelo
mesmo autor, ainda num segundo apêndice, num ciclo que segue os seguintes
passos: a) missionários comissionados; b) auditório contratado; c) evangelho
comunicado; d) ouvintes convertidos; e) crentes congregados; f) fé confirmada;
g) líderes capacitados; h) crentes recomendados; i) relacionamentos
continuados; e j) igrejas missionárias convocadas. Ciclicamente, para cada
passo, Abdala delineia os propósitos, objetivos e passos de ação.
Com vários
exercícios, testes e fontes biográficas sugeridas, o Guia de Plantio de Igrejas é um manual muito prático, que vai
direto ao ponto de o que as igrejas e os missionários devem fazer. Mãos à obra!
Twitter: @Valdeci_Junior
Informação
Bibliográfica: Abdala,
Emílio. Guia de Plantio de Igrejas, Cachoeira, Bahia: Instituto de Crescimento
de Igreja, 2007.
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