Graduado em 1979 pela
Universidade Batista Ouachita, mestrado em divindade (1982) pelo seminário
batista Golden Gate e doutorado PhD ( 1988) pela Escola de Divindade da
Universidade de Chicago, David Garrison é um missionário americano batista do
sul. Ele já supervisionou missões na Ásia, Europa, Oriente Médio e África. Nisto, ele é autor de vários livros já traduzidos para mais de
10 línguas e consultor para dezenas de países. Já atuou em missões em Hong
Kong, Alemanha, França, Inglaterra, Tunísia e na Índia. Mais sobre seu ministério
pode ser lido em Church
Planting Movements.
Como fruto de toda esta sua experiência,
este pastor e professor universitário nos assuntos de missões escreveu um livro
muito prático. Em sua tese, para David Garisson, não basta pregar o evangelho
para ganhar pessoas. Para ele, é preciso ganhar grupos de pessoas, de maneira
que cada vitória evangelística não seja somente a conversão de uma pessoas, mas
a de várias, de maneira que uma comunidade entre elas fique estabelecida. E
como fazer isso? Isso não pode dar errado? Sim, pode dar errado. Então é aí que
entra este livro, propondo-se a ser o orientador que dará as dicas certas para
fazer isso da forma certa, de maneira que, no fim, dê tudo certo.
No primeiro capítulo, Garisson
explica o que ele quer dizer com o termo Movimento de Plantação de Igrejas.
Para ele, trata-se de um crescimento “rápido e multiplicador de igrejas nativas
plantando igrejas em um dado grupo de pessoas de um segmento da população”
No terceiro capítulo, o autor
menciona que, ao observar os movimentos de plantação de igrejas ao redor do
mundo, pode-se observar que eles têm 10 elementos em comum, dignos de serem
considerados por qualquer um que queira implantar um movimento assim. São eles:
1) A prática da oração; 2); Uma semeadura abundante do evangelho; 3) Uma
estratégia deliberada da implantação; 4) Conformidade com a Bíblia; 5) Uma boa
liderança local; 6) Liderança leiga; 7) Os Pequenos Grupos; 8) A consciência da
existência de uma igreja mãe que gera uma filha que um dia também será mãe; 9)
O acontecimento de uma reprodução que não demore; e 10) A preocupação com a
saúde eclesiástica destas igrejas. Estes dez elementos, para David, são
Universais.
Entretanto, Grarisson também reconhece
outros dez fatores que os movimentos de plantação de igreja têm, que não chegam
a ser necessariamente universais, mas que são comuns entre os movimentos de
crescimento de igrejas. São eles: 1) Adoração que fale ao coração; 2) Um certo
coletivismo no envolvimento das pessoas no processo evangelístico; 3) Uma
rápida incorporação dos novos convertidos tanto na família quanto no ministério
da igreja; 4) A presença de uma paixão destemida no processo da implantação da
igreja, pelo que está acontecendo; 5) A disposição de pagar os preços da
impopularidade de tornar-se cristão; 6) O aproveitamento de ganhar espaço no
vácuo que tem sido deixado na sociedade pela falta de liderança hoje existente
no mundo; 7) A atividade de estar capacitando lideranças para as novas igrejas;
8) A descentralização da autoridade de liderança, ou seja, o compartilhamento
da mesma sem a burocratização hierárquica; 9) A sensibilidade de respeitar a
cultura local em tudo o que não ferir os princípios bíblicos; e 10) os
sofrimentos normais que são o preço que os missionários têm a pagar. Este é o
tema do quarto capítulo.
Já o quinto capítulo traz a
apresentação de dez identificadores práticos de coisas que o plantador de
igrejas pode fazer: 1) Adotar, desde o início, a prática de um movimento de plantação
de igrejas que siga uma determinada orientação; 2) Desenvolver e implementar
estratégias compreensivas; 3) Estar sempre avaliando todas as coisas com a
finalidade de alcançar o que realmente se espera; 4) Empregar uma colheita de
precisão; 5) Preparar os novos crentes para as possíveis provações que irão
surgir; 6) Envolver totalmente os conquistados pelo Movimento de Plantação de
Igrejas no próprio movimento; 7) Praticar a metodologia do acróstico POUCH (na
língua inglesa) que inclui o estudo participativo da Bíblia, a obediência, a
participação leiga, e os pequenos grupos nos lares; 8) Desenvolver múltiplas
lideranças em cada Pequeno Grupo; 9) Treinar tais lideranças; e 10) Modelá-las
num tipo de assistência prestada a elas que as levará a poderem ser observadas
em sua própria prática de trabalho para enfim serem deixadas autônomas na
mesma.
O livro termina ainda respondendo
a várias perguntas sobre o Movimento de Plantação de Igrejas, trabalhando com
os obstáculos que podem surgir para impedir esta atividade missionária, e
tecendo uma fina compreensão do ideal a ser perseguido na prática da mesma.
Esta obra é muito importante para
a parte a área de conhecimento da Missão Urbana que busca adquirir
conhecimentos específicos e práticos relacionados às práticas de plantação de
igrejas eficazes, com aplicação transferível para seu contexto de ministério.
Para mim, este livro fica como um
manual prático. Como um pastor que busca plantar igrejas, posso telo como um
guia a ser sempre consultado, no objetivo de estar orientando-me quando ao que
devo e ao que não devo fazer nesta prática missional. Portanto, recomendo-o a
todo e qualquer pastor que também queira cumprir o mandato de Cristo de levar o
evangelho a todos os tipos de gente.
Um abraço,
Twitter: @Valdeci_Junior
Sobre
o Livro:. Garrison, David. Church Planting Movement,
Richmond, VA: International Mission Board, 1999.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer dizer o que pensa sobre o assunto?
Então, escreva aí. Fique à vontade.
Mas lembre-se: não aceitamos comentários anônimos.
Agora, se quiser fazer uma pergunta, escreva para nasaladopastor@hotmail.com