quarta-feira, 27 de junho de 2012

Movimento de Plantação de Igrejas


Graduado em 1979 pela Universidade Batista Ouachita, mestrado em divindade (1982) pelo seminário batista Golden Gate e doutorado PhD ( 1988) pela Escola de Divindade da Universidade de Chicago, David Garrison é um missionário americano batista do sul. Ele já supervisionou missões na Ásia, Europa, Oriente Médio e África. Nisto, ele é autor de vários livros já traduzidos para mais de 10 línguas e consultor para dezenas de países. Já atuou em missões em Hong Kong, Alemanha, França, Inglaterra, Tunísia e na Índia. Mais sobre seu ministério pode ser lido em Church Planting Movements.

Como fruto de toda esta sua experiência, este pastor e professor universitário nos assuntos de missões escreveu um livro muito prático. Em sua tese, para David Garisson, não basta pregar o evangelho para ganhar pessoas. Para ele, é preciso ganhar grupos de pessoas, de maneira que cada vitória evangelística não seja somente a conversão de uma pessoas, mas a de várias, de maneira que uma comunidade entre elas fique estabelecida. E como fazer isso? Isso não pode dar errado? Sim, pode dar errado. Então é aí que entra este livro, propondo-se a ser o orientador que dará as dicas certas para fazer isso da forma certa, de maneira que, no fim, dê tudo certo.

No primeiro capítulo, Garisson explica o que ele quer dizer com o termo Movimento de Plantação de Igrejas. Para ele, trata-se de um crescimento “rápido e multiplicador de igrejas nativas plantando igrejas em um dado grupo de pessoas de um segmento da população”

No terceiro capítulo, o autor menciona que, ao observar os movimentos de plantação de igrejas ao redor do mundo, pode-se observar que eles têm 10 elementos em comum, dignos de serem considerados por qualquer um que queira implantar um movimento assim. São eles: 1) A prática da oração; 2); Uma semeadura abundante do evangelho; 3) Uma estratégia deliberada da implantação; 4) Conformidade com a Bíblia; 5) Uma boa liderança local; 6) Liderança leiga; 7) Os Pequenos Grupos; 8) A consciência da existência de uma igreja mãe que gera uma filha que um dia também será mãe; 9) O acontecimento de uma reprodução que não demore; e 10) A preocupação com a saúde eclesiástica destas igrejas. Estes dez elementos, para David, são Universais.

Entretanto, Grarisson também reconhece outros dez fatores que os movimentos de plantação de igreja têm, que não chegam a ser necessariamente universais, mas que são comuns entre os movimentos de crescimento de igrejas. São eles: 1) Adoração que fale ao coração; 2) Um certo coletivismo no envolvimento das pessoas no processo evangelístico; 3) Uma rápida incorporação dos novos convertidos tanto na família quanto no ministério da igreja; 4) A presença de uma paixão destemida no processo da implantação da igreja, pelo que está acontecendo; 5) A disposição de pagar os preços da impopularidade de tornar-se cristão; 6) O aproveitamento de ganhar espaço no vácuo que tem sido deixado na sociedade pela falta de liderança hoje existente no mundo; 7) A atividade de estar capacitando lideranças para as novas igrejas; 8) A descentralização da autoridade de liderança, ou seja, o compartilhamento da mesma sem a burocratização hierárquica; 9) A sensibilidade de respeitar a cultura local em tudo o que não ferir os princípios bíblicos; e 10) os sofrimentos normais que são o preço que os missionários têm a pagar. Este é o tema do quarto capítulo.

Já o quinto capítulo traz a apresentação de dez identificadores práticos de coisas que o plantador de igrejas pode fazer: 1) Adotar, desde o início, a prática de um movimento de plantação de igrejas que siga uma determinada orientação; 2) Desenvolver e implementar estratégias compreensivas; 3) Estar sempre avaliando todas as coisas com a finalidade de alcançar o que realmente se espera; 4) Empregar uma colheita de precisão; 5) Preparar os novos crentes para as possíveis provações que irão surgir; 6) Envolver totalmente os conquistados pelo Movimento de Plantação de Igrejas no próprio movimento; 7) Praticar a metodologia do acróstico POUCH (na língua inglesa) que inclui o estudo participativo da Bíblia, a obediência, a participação leiga, e os pequenos grupos nos lares; 8) Desenvolver múltiplas lideranças em cada Pequeno Grupo; 9) Treinar tais lideranças; e 10) Modelá-las num tipo de assistência prestada a elas que as levará a poderem ser observadas em sua própria prática de trabalho para enfim serem deixadas autônomas na mesma.

O livro termina ainda respondendo a várias perguntas sobre o Movimento de Plantação de Igrejas, trabalhando com os obstáculos que podem surgir para impedir esta atividade missionária, e tecendo uma fina compreensão do ideal a ser perseguido na prática da mesma.

Esta obra é muito importante para a parte a área de conhecimento da Missão Urbana que busca adquirir conhecimentos específicos e práticos relacionados às práticas de plantação de igrejas eficazes, com aplicação transferível para seu contexto de ministério.

Para mim, este livro fica como um manual prático. Como um pastor que busca plantar igrejas, posso telo como um guia a ser sempre consultado, no objetivo de estar orientando-me quando ao que devo e ao que não devo fazer nesta prática missional. Portanto, recomendo-o a todo e qualquer pastor que também queira cumprir o mandato de Cristo de levar o evangelho a todos os tipos de gente.

Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior



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