“Nunca
fiz nada de errado! Se eu fiz, por favor, convençam-me disso! Podem dizer que
vou aceitar o castigo! Eu aceitaria castigo, se devesse alguma coisa, mas não
devo nada! Estou puro! É tudo que eu tenho a dizer.”
Já
ouviu alguém dizer isso? Talvez ele pudesse até estar mentindo, né? Mas quem
falou o que estou dizendo foi Jó. Esse pode ser o resumo da resposta dele nos
capítulos 29-31. Poderíamos resumir a longa fala de Jó assim: “Eu não fiz nada de
errado. Se tivesse feito, aceitaria pagar. Mas não fiz.”
E como
sabemos que Jó não estava mentindo? É só voltar um pouco na Bíblia e ler Jó 2:3
sobre a opinião de Deus a respeito disso. Jó fez alguma coisa errada para pagar
castigo ou não? Deus responde: “Não há ninguém na terra como ele,
irrepreensível e íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal.”
Era
isso que Jó estava tentando dizer. Ele procurava fazer o que era justo. Quando
servia como juiz, socorria o pobre que clamava por ajuda, o órfão que não tinha
quem o ajudasse (verso 29:12) e depois defendia o oprimido (verso 17). Jó
cumpriu um papel ativo na cruzada a favor do que hoje denominamos como “justiça
social”. Pode acreditar que, no mundo moderno, Jó seria um desses inimigos
declarados dos “donos” das favelas e da opressão econômica.
A vida
sexual de Jó também era pura. Podemos observar que não havia diferença entre sua
moralidade pública e a vida privada dele. Veja, por exemplo, Jó 31:1 e 9, onde
mostra que Jó não desejava de forma lasciva as virgens ou a mulher do próximo.
Jó
rejeitava a falsidade e agia de forma honesta para com todos. Era justo nos
negócios. Se algum dos empregados tivesse uma reclamação, ouvia e nunca se
esquiava da causa. Quem dera que os patrões agissem assim hoje!
Mas,
todavia, contudo, entretanto, não obstante, era a esse homem bom que o juízo
divino, aparentemente, estava atingindo! E Jó não era um homem mau sofrendo nas
mãos de Deus. Ele era um homem bom. Diante desse mistério, Jó e seus amigos
foram forçados a examinar o fundamento da fé que eles diziam ter e questionar o
conceito que eles tinham de Deus.
Na realidade, sabe o que o
livro de Jó pede que façamos? Que nos arrisquemos a encarar o mistério do
sofrimento e estejamos dispostos a admitir que talvez a idéia que temos de Deus
não seja tão real! Quem sabe, se você se dedicar a Deus, Ele possa dizer de
você o mesmo que disse de Jó: uma pessoa irrepreensível!
Twitter: @Valdeci_Junior
e
Fátima
Silva
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