Roger
L. Dudley, professor de ministério cristão e diretor emérito do Institute of
Church Ministry na Andrews University e Clarence B. Gruesbeck, que foi um pastor
adventista do sétimo dia, escreveram o livro Plant a Church, Reap a Harvest. Abaixo,
uma resenha sobre o que podemos aprender deste trabalho.
Deus
se “agrada em expandir Seu reino”. “Ele deu a Adão e Eva o privilégio de
ajudá-Lo” nisto. Um exemplo do “Crescimento do Reino no Antigo Testamento” é
visto na colocação de Abraão “em uma posição estratégica – a encruzilhada das
nações”. “Ocasionalmente Israel trouxe honra e glória para Deus, levando o povo
das nações da terra a reconhecer Deus como o supremo Legislador do Universo (I
Reis 10:1-13; 23-25)”. Mas, “freqüentemente, Israel envolveu-se em egoísta
preocupação por conforto e prosperidade” (Ageu 1:3-6).
Jesus
ensinou sobre o crescimento do Reino através do grão de mostarda, do fermento,
e de outras parábolas. Mas Ele também “modelou o crescimento do Seu reino”,
escolhendo “homens dos quais ele poderia fazer discípulos”. Além disso, Ele
“procurou fazer crescer o Seu reino”. Exemplos de expansão são vistos em Gadara
e no contato com a mulher sírio-fenícia.
Lucas
também “pretendia que sua breve história da igreja demonstrasse seu fenomenal
crescimento”: “Atos equaliza... a arrancada evangelística com o estabelecimento
de igrejas”. Paulo foi o maior plantador
de igrejas relatado pela história bíblica. “Os planos de expansão de Paulo
mostraram que ele gastou muito tempo no evangelismo de cidades”, onde as
pessoas mais interagem entre si. Se a essência do cristianismo são os
relacionamentos com Cristo e com os cristãos, então o principal método
evangelístico, obrigatoriamente, tem que ser através dos relacionamentos com os
não-cristãos.
“Evangelizar
uma comunidade e fundar uma igreja são sinônimos”. Ellen White orientou a igreja a plantar
igrejas para renovação espiritual, salvação de cada alma possível, cultivo do
espírito missionário e erradicação do egoísmo. “A IASD recebeu muitos conselhos
sobre o estabelecimento de novas congregações”.
De
acordo com Lyle E. Echaller, uma denominação precisa de novas congregações para
ter novos membros, e não o contrário. Aumentar as congregações faz crescer o
número de membros. Quanto mais se organiza congregações, mais se aumenta o
número de membros e a chance de se “apelar a uma esfera mais ampla de pessoas”
e de “se tornar mais visível”, visando o crescimento. Além disso, a “mobilidade
exige novas congregações” e com isso, vem a vantagem de que “novas congregações
são mais progressivas, ativas e produtivas”. “Quanto mais nova e menor a
igreja, maior a média de batismos”, pois “novos conversos são potencialmente os
melhores ganhadores de almas porque ainda têm muitos contatos com não-membros
da igreja no meio de que vieram”. Igrejas novas são mais missionárias,
não-presas à vãs tradições, criadoras de oportunidades, batizadoras e formadora
de novos líderes. Igrejas velhas que perdem membros para igrejas novas reagem e
ficam mais ativas. O negócio é dividir para multiplicar. Mas o crescimento pode
ser tanto por acréscimos quanto por divisões.
O
livro apresenta um amplo resultado de um estudo de campo extenso em observação
a igrejas classificadas como “perdedoras” (que não cresceram) e “campeãs” (que
cresceram) em seus crescimentos e traz alguns indicativos que não podem ser
passados por alto. “O melhor potencial para o crescimento evidentemente reside
em estabelecer igrejas em áreas altamente habitadas”. “A pesquisa de marketing
é necessária”. “Uma nova congregação cresce mais rapidamente em uma área onde
já existem [outras] adventistas”. “Seria bem melhor estabelecer novas igrejas
de congregações que tenham mais de 100 membros”. Quando a motivação de plantar
uma nova igreja é contemplar a presença de uma comunidade sem igreja a chance
se não alcançar um crescimento satisfatório é de 85%. “Uma área totalmente virgem não é tão
frutífera como um lugar onde a IASD marque presença ou possa nutrir o novo
grupo. Florescer gradualmente parece ser a melhor estratégia na implantação de
igrejas”. As igrejas perdedoras são aquelas que tentam crescer exclusivamente com
“reuniões evangelísticas”. As campeãs baseiam-se “mais em um programa
equilibrado”.
Outro segredo de sucesso é um prévio e cuidadoso estudo
demográfico da área de “plantação”.
Igrejas
campeãs são aquelas que têm pastores que estimulam a liderança dos membros. E o
recebimento de auxílio financeiro externo é de pouca importância para
determinar o crescimento da igreja. Ironicamente, as campeãs são aquelas que
não têm imóvel próprio em seus primeiros anos; perdedoras têm.
Uma revisão destes
perfis sugere que novas congregações que desejam maximizar seu crescimento
deveriam localizar-se em áreas mais populosas dentro dum rádio de 15 Km de
distância de no mínimo outra IASD que poderia servir como um sistema de apoio.
A membresia toda deveria trabalhar com o pastor nas decisões de implantação e
implementação. Uma igreja mãe com mais de 100 membros deveria estar envolvida.
Uma variedade de métodos incluindo estudos demográficos deveriam ser usados
para a preparação do território. Nos primeiros anos a nova igreja deveria se
concentrar na construção e na nutrição da membresia antes de tentar adquirir
seu próprio edifício de adoração... Uma sugestão valiosa para financiamentos a
curto prazo poderia estimular novas congregações a enviar somente seu dízimo
para a associação por um curto período de tempo e reter todos os outros
recursos para uso local.
Plante
uma igreja... e boa colheita!
Twitter: @Valdeci_Junior
Informação
Bibliográfica: Roger L. Dudley e Clarence B.
Gruesbeck. Plant a
Church, Reap a Harvest, Mountain View, Califórnia: Pacific Press Publishing
Association, 1997.
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