Ontem,
comentei sobre a teoria da circulação sanguínea, de William Harvey; algo que mudou
todo o conceito médico. Na realidade, as descobertas sobre o coração e a
circulação do sangue revolucionaram a medicina a tal ponto, que foi a partir
delas que a medicina passou a adquirir fundamento científico. Harvey foi considerado
o pai da fisiologia.
Mas não aconteceu
tudo num “mar de rosas”. Na realidade, a teoria da circulação sanguínea não foi
facilmente aceita pelos contemporâneos de Harvey. Ele demorou para publicar suas
idéias porque temia que não fossem aceitas, porque, há quinze séculos, ninguém
ousara falar algo contra as teorias de Galeno, que por sinal estavam
equivocadas. Harvey estava certo. Aquela tradição realmente fez com que os
galenistas não somente rejeitassem as teorias de Harvey, mas o difamassem, de
modo a impedir muitos dos avanços daquelas idéias.
Na época de
Paulo, acontecia algo parecido entre os cristãos. E o pior é que isso acontece
hoje em dia também. Paulo tinha chegado a Corinto com as boas novas da salvação.
Aquilo tudo era algo muito fantástico. E os cristãos ficaram tão empolgados que
chegaram a exagerar na própria religiosidade. Isso é um fenômeno de
desequilíbrio que pode ser libertinagem ou fanatismo.
Por exemplo,
no capítulo 11, Paulo começa resolvendo um desses problemas que os coríntios
tinham. Aqueles cristãos não tinham a devida noção sobre os detalhes da adoração.
Para ter uma idéia, nesse assunto da comunhão coletiva dos crentes, eles
estavam chegando ao ponto de ir à Santa Ceia para praticar glutonaria. Além
disso, eles brigavam para ver quem tinha os melhores dons, que dom era mais
importante que o outro, etc. Resumindo, aqueles cristãos, cheios de “picuinhas”,
faziam “tempestades em copos d’água”.
Ironicamente,
Paulo apresentou-lhes uma solução que era o mais simples de tudo. Tão óbvio,
tão singelo, e eles nem tinham pensado naquilo! Muitas vezes, as coisas mais
essenciais da vida são tão simples, que nós, querendo ser sofisticados demais,
nem acreditamos. Acho que esse foi o problema na época das descobertas de
William Harvey. Parece que as maiores dificuldades de Harvey estavam na
simplicidade dos seus métodos e também na formação de muitas idéias baseadas em
simples deduções. E aí, os cientistas, querendo ser entendidos demais, tinham
dificuldades de aceitar algo que fosse tão simples.
De forma
semelhante, para todos aqueles problemas dos coríntios, o apóstolo apresentou
uma solução aparentemente simplória, porém maravilhosa: o amor. Isso é tão
simples, que chega a ser surpreendente. Nisso está a solução para todos os
problemas da sua vida cristã e, talvez, para todos os problemas da sua vida. É muito
simples, é o amor.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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