A razão? Eu sei que é errado usar a expressão “por trás dos bastidores”, pois os “bastidores” já consistem em ser o que fica escondido, atrás da cortina, fora do palco. Geralmente, o correto é dizer “nos bastidores”. Mas desta vez precisousar este aparente vício de linguagem, pois Bastos conseguiu realmente descobrir, enxergar e analisar profundamente dois níveis de contextos ocultos que fazem a maior parte do neopentecostalismo operar sua práxis. Ele conheceu os bastidores e os bastidores dos bastidores. Uau! Você quer saber também? Só lendo o livro, pois, provavelmente, nem sendo um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (cito esta por ser a maior e a que mais cresce, entre as igrejas pentecostais), você conseguirá ter este privilégio (ou, infortúnio... sei lá).
Como eu gostaria de encontrar-me pessoalmente com Hilton Bastos! O que ele escreveu em Sinceramente Errado é uma inspiração tão grande que dá vontade de ouvir isso tudo, e muito mais, de seus próprios lábios. Dá vontade de fazer-lhe perguntas, perguntas e mais perguntas. Dá vontade de colocá-lo em todos os lugares para dar seu testemunho.
Se você gosta de ler fatos da história de alguém vai gostar deste livro. Não se trata de uma biografia de Hilton Bastos, mas sim de sua experiência de vida religiosa, desde seu nascimento. Junto com Bastos, o leitor pode passear por algumas das diferentes expressões religiosas vividas no cristianismo do Maranhão observando muito dos seus bastidores, numa reflexão sobre o quadro maior da religiosidade brasileira.
Se você prefere uma leitura mais abstrata, com uma transmissão de pensamento mais cognitivo, então você também vai gostar desta obra. Quem simplesmente segura nas mãos este livro de 144 páginas, não imagina o volume substancial que está contido ali. Hilton consegue ser didático o suficiente para apresentar muitos valores, doutrina e teologia – em tão poucas páginas – a ponto poder fazer uma pessoa mudar totalmente de vida, de rumo, de pensamento e, ouso em dizer, até de pressupostos, para sempre. Um leitor despreparado poderá ficar até mesmo transtornado.
Mas, o mais interessante de tudo, é que Hilton não é cético, apostatado ou descrente, falando mal das igrejas ou de Deus. Não! Meu, o cara é equilibrado! Veja uma de suas conclusões:
“O trabalho de Deus deve ser executado por todos nós. Não devemos e nem podemos ficar esperando que somente os pastores o façam. Toda a igreja deve se envolver. Sinto-me entristecido quando vejo apenas a minoria da igreja envolvida no trabalho missionário. Tantos jovens com força, saúde, tempo que deviam ser gastos na obra do Senhor, mas estão desperdiçando a oportunidade de trabalhar para o Rei do Universo. Creio que serão cobrados por isso” (páginas 90 e 91).
Quanta fé! Obrigado, Hilton Bastos, por fazer crescer o meu senso missionário e o meu compromisso cristão. Obrigado por contribuir, positivamente, no meu relacionamento com Deus e no fortalecimento do meu ministério. E também, por ajudar-me, com o conteúdo deste livro, em minha dissertação de mestrado. Um dia, quero lhe dar um abraço, rapaz!
E a você, querido internauta, compre logo este livro e boa leitura!
Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.
Dados do Livro: Bastos, Hilton. Sinceramente Errado, Niterói, RJ: Editora ADOS, 2011, 144 páginas.
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